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Obras de Poeta "Os Passarinhos"

Quem ?
Senão Deus para criar uma das mais lindas maravilhas da natureza? "Os pássaros"
Quem ensinou ao passarinho tanta sensibilidade, a de construir o ninho, buscar o alimento para os seus filhotes.
Quem senão Deus, para ensinar a esta criaturinha, todos os segredos da natureza ? Basta observar um passarinho para se ter a ideia da grandeza de um Pai Todo Poderoso. Que de tudo cuida. Acredito que Deus criou os passarinhos para alegrar o coração do homem com o seu canto infinitamente belo.
Descrever a beleza dos pássaros está além da inteligência do homem. Apenas cala-se: observa e quando tem oportunidade ouve o seu canto que envolve a alma. É assim que descrevo os passarinhos. Por sorte tive a oportunidade de ver bem aqui na porta da minha casa, um sabiá construindo o seu ninho, ele e ela. Ambos na construção daquela engenharia, num tronco de um galho e abaixo de várias folhas, como para proteger os filhotes do vento e da chuva. Por fim nasceram dois filhotes. E era um vai e vem sem fim, como se fosse uma festa. Um buscava o alimento, enquanto o outro vigiava o ninho. E acompanhando toda esta História, quase não fiz mais nada. Por fim os filhotes cresceram e foram embora. Não é a toa que os poetas e os escritores se inspiram nos pássaros para compor as suas obras, não existem palavras que possam descrever estas criaturinhas.
Muitas músicas nordestinas estão recheadas de passarinhos, ( Não somente as nordestinas é claro) Não seria possível numerar a todas.

E quem não se lembra de Pássaro Cativo de Olavo Bilac?

Armas, num galho de árvore, o alçapão.
E, em breve, uma avezinha descuidada,
Batendo as asas cai na escravidão.
Dás-lhe então, por esplêndida morada,
Gaiola dourada;
Dás-lhe alpiste, e água fresca, e ovos e tudo.
Por que é que, tendo tudo, há de ficar
O passarinho mudo,
Arrepiado e triste sem cantar?
É que, criança, os pássaros não falam.
Só gorjeando a sua dor exalam,
Sem que os homens os possam entender;
Se os pássaros falassem,
Talvez os teus ouvidos escutassem
Este cativo pássaro dizer:.
“Não quero o teu alpiste”!
Gosto mais do alimento que procuro
Na mata livre em que voar me viste;
Tenho água fresca num recanto escuro.
Da selva em que nasci;
Da mata entre os verdores,
Tenho frutos e flores
Sem precisar de ti!.
Não quero a tua esplêndida gaiola!
Pois nenhuma riqueza me consola,
De haver perdido aquilo que perdi...
Prefiro o ninho humilde construído.
De folhas secas, plácido, escondido.
Solta-me ao vento e ao sol!
Com que direito à escravidão me obrigas?
Quero saudar as pombas do arrebol!
Quero, ao cair da tarde,
Entoar minhas tristíssimas cantigas!
Por que me prendes? Solta-me, covarde!
Deus me deu por gaiola a imensidade!
Não me roubes a minha liberdade...
Quero voar! Voar!.
Estas cousas o pássaro diria,
Se pudesse falar,
E a tua alma, criança, tremeria,
Vendo tanta aflição,
E a tua mão tremendo lhe abriria
A porta da prisão...




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