Seus Dotôre Deputado,
Falo sem tutubiá
Pra mostrá que nós matuto,
Sabe se pronunciá
Dizê que ta um presídio,
Com dó e matuticídio
A vida nesse lugá
O Brasí surgiu de nóis
Nóis tudo que vem da massa,
Deram um NÓ no mêi de nóis
Que nóis desse NÓ não passa
E de quatro em quatro ano
Vem vocês com o veio plano
Desata o NÓ e se abraça
Tamo chêio dessa bostice
De promessa e eleição
Dos que vem de veiz em quanto
Serindo, estendeno a mão
Candidato a caloteiro
Aprendiz de trapaceiro
Corruto,
Falso e ladrão.
A coisa ta enveigada
Ta ruim de desenveigá
Meu sistema neuvosíssimo
Vejo a hora se estorá
Se estorar eu não engano
Cuma diz o americano
Na matança eu tem norrá.
Quero que vocês refrita
O falá da minha fala
Pelo cano do revóve
Magine o tamãe da bala.
Vocês que véve arrimado
Nas bengala do podê
Dou um chuto na bengala
Mode alejado corrê
Dou dedo, faço munganga
Canto Ouvira do Ypiranga
E mando tudo se fudê.
Acunho logo a tramela
Nas porta da corrupição
Toco fogo na lixeira
E passo de mão em mão
Corto língua de quem mente
Quebro três ou quatro dente
Dos Deputado risão.
Político que come uva
Em plena safra de manga
Vai pra lei dos desperdiço
Nas faca dos meus capanga.
Se eu der um tiro no mato
E bater num marinheiro
É porque tem mais honesto
Do que cabra trambiqueiro
Diante dessa nutiça
Não haverá injustiça
É a lei dos cangaceiro.
Os deputado bom de pêia
Eu tiro o DABLIO "W" do nome
Tiro vírgula dos discurso
Reticença e pisilone
Sapeco lei pra matuto
Meto bala nesses puto
E um viva no microfone.
Matuto que tem saúde
Pro trabaio ele é capaz
Nóis se vira, arruma água
As sementes e o preço em paz
Não vai têr protecionismo
É a lei do Nordestinismo
Dos Problemas Matutais.
Debuiado este discurso
Pros Dotôre e Deputado
Ta dizido minha meta
Pra cem bilhão de roçado
Depois não venham dizê
Que foi golpe de pudê
Proquê não foram avisado
Partido dos Cangaceiro
O PC dos naturá
Pela lei da ignorança
do Congresso Federá
Assinado Capitão
Virgulino Lampião
Deputado Federá.
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